quarta-feira, 6 de abril de 2011

Espelhos da alma.


Eu realmente não sei se isso vai passar. E se sim, não tenho idéia de quando. A única coisa que sei, é que desde que encontrei aqueles olhos, eu senti a necessidade de jamais perdê-los.

Eles me transmitiram tudo o que eu sonhava sentir, ao mesmo tempo em que abriram espaços no meu coração e na minha mente para desejos e planos que eu jamais havia imaginado. Aqueles olhos angelicais me derreteram a alma por dentro, senti um ímpeto de gritar para todos que quisessem ouvir o quanto eu estava tomada por aquele amor, o quanto dele tinha em mim. Em cada decisão, em cada noite de insônia, em cada palavra dita.

Um dia, o que eu mais temia aconteceu... Aqueles olhos, antes tão meus, se despediram de mim. Juro que eu tentei impedir, disse-lhes que não fossem embora, tentei impedir que se jogassem naquele abismo, que os convidava, tão sedutor... A ilusão. Mas ao ver que o dono daquele olhar estava cego, resolvi que não podia prendê-lo, pois a liberdade lhe era amiga. Então eu desci, fiquei naquele abismo sedutor, esperando para ampará-lo na sua chegada. E eu ainda quero abraçá-lo.

5 comentários:

  1. Rafa, que lindo! Profundo, emotivo, lindo, e triste... Nossa, nesse ponto, você está mesmo expert, sabe bem como tocar as pessoas com palavras. Parabéns!

    Eu postei sua poesia em prosa em meu blog. Quem quiser acessar: http://isiefernandes.blogspot.com/2011/04/so-pra-te-ter-aqui.html

    Beijinhos.

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  2. Pra dizer que o texto tá na pegada Evanescence só faltou ele ser revoltado. Tá legal, metáforas são sempre bien venidas (tomara que eu não tenha errado no espanhol agora) pra mim; acho elas criativas e frutos de uma visão mais observadora.

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  3. Obrigada, gente.
    Dai, acho que é porque tem muito do que eu estava sentindo na época, coloco pra fora,, rs!

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